Sete Versos Sete Pedras
Entreguei ao mar sete versos
que eu fiz num momento
e ele entregou-me sete pedras
que leva fazendo uma vida inteira
Não me parecia justa a troca
ele leva muito tempo lavrando suas pedras
com água vento e areia
e eu fiz os versos num momento...
Mas o mar, com seu sábio olhar verde
contou-me que não era assim como eu via
que os meus versos levavam sendo feitos
o mesmo tempo que as suas sete pedras...
Levam a eternidade toda...
Apenas que antes lavrara nos versos outra gente
assim como nas pedras lavraram
outra água
outro vento
e outra areia...
Entreguei ao mar sete versos
que eu fiz num momento
e ele entregou-me sete pedras
que leva fazendo uma vida inteira
Não me parecia justa a troca
ele leva muito tempo lavrando suas pedras
com água vento e areia
e eu fiz os versos num momento...
Mas o mar, com seu sábio olhar verde
contou-me que não era assim como eu via
que os meus versos levavam sendo feitos
o mesmo tempo que as suas sete pedras...
Levam a eternidade toda...
Apenas que antes lavrara nos versos outra gente
assim como nas pedras lavraram
outra água
outro vento
e outra areia...
Concha Rousia
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As sete pedras um dia serão entregues a Evandro Vieira Ouriques (comigo na foto), mestre e amigo querido do Rio de Janeiro, que tanto saber me inspira...
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As sete pedras um dia serão entregues a Evandro Vieira Ouriques (comigo na foto), mestre e amigo querido do Rio de Janeiro, que tanto saber me inspira...
Publicado no Recanto das Letras em 09/08/2010
Código do texto: T2427087
Código do texto: T2427087
Concha, que belo: magistral, nos versos de uma poema fala vida, a mãe terra, o infinito, outras, outras eras... Voa-se o tempo, ecoa-se o vento... Nas palavras de um verso, um mutidão de universos...
ResponderExcluirAbraços com carinho, amei imesamente este poema singeloe animador para façamos mais versos; Jorge
...sim, amigo Jorge, a simplicidade das pedras e dos versos na mesma harmonia criando um universo de som, grata por teu passo aqui, abraços.
ResponderExcluirConcordo Concha, os teus versos não feitos de momento. São moldados na tua vida, no teu caminhar, na tua continua aprendizagem. Gosto desta aparente simplicidade.
ResponderExcluirBelo, Concha! Teu mar, que também é o meu, tem razão. Continuemos a lavrar estes versos!
ResponderExcluirWelwitchia... assim somos querida amiga, assim somos, especialmente as mulheres ;) rs sim, essa aparente simplicidade, essa simplicidade, foi bem complicada de achar... tirar tudo que não era essencial.. abraços de ternura minha querida, Concha
ResponderExcluir...continue-mos Alexandre, meu amigo, continuemos sempre, seguindo o exemplo que esse mar nos dá, abraços desde a Galiza.
ResponderExcluirOlá querida, qta saudade!!! Q seu dia das mães tenha sido de luz!
ResponderExcluirParabéns por mais um poema apaixonante e pela linda dedicatória...!
Compartilhamos a mesma paixão pelo mar!
Beijos e carinhos...
Minha Flor bela, amiga querida, sim, desde que não passeio pelo Recanto a gente se vê pouco, saudades enormes de ti, grata por tua pressença e beijos de carinho, Concha
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