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Guardo silêncio
Porque em minha boca
carrego palavras-bomba
Se as falo te mato a ti
Se as calo morro eu...
Guardo silêncio
Embora fale a dor pois
Faça o que eu fizer
Nós nos desfazemos
Guardo silêncio
sou mulher, aprendi a ser
a minha não-prioridade
Guardo silêncio
Concha Rousia
Porque em minha boca
carrego palavras-bomba
Se as falo te mato a ti
Se as calo morro eu...
Guardo silêncio
Embora fale a dor pois
Faça o que eu fizer
Nós nos desfazemos
Guardo silêncio
sou mulher, aprendi a ser
a minha não-prioridade
Guardo silêncio
Concha Rousia
Designo (do poeta amigo Ricardo Reis)
O silencio e a solidão, mulher
que não te devorem, como
à uma ubelina oblíqua e generosa
se lhe devoram os filhos.
Seja, mulher, como a noite escura
pontuada de estrelas
que cala à toda apelação do dia.
Mulher! Que o por do sol de Maricá
seja a ultima concessão poética
da vida sobre o tempo.
Que a poesia seja, mulher, o arauto lento
de sua peremptória tentativa de verdade.
Ricardo Reis