...a fonte...
beber de joelhos no rego que leva a água ao estanque
quando pequeninhos...
depois beber olhando-se nas profundezas da fonte...
medindo-se com o medo próprio...
calcar a cabeça do que bebe
molhar os focinhos rs...
ir a fonte sempre antes de comer...
carrejar todos os dias água da fonte...
dia após dia
ano após ano...
'mãe, molhei os pés...'
--a água não para bem dentro dos caldeiros nas mãos das crianças...--
'anda, enjuga ali no lume...'
Ir ver dançar o Sol na fonte depois da Noite de São João...
água enluarada
prenhada de noite
a renovar o mundo
sempre
no olhar...
'cair à fonte...' --cuidado, prenda...--
'lavar a fonte'...
sempre no verão...
os homens tiram a água toda da fonte, esfregam-se as pedras com ramalhos de carqueja... Ohhh pai, viu a sapelinha que saiu para o estanque... a vida da fonte passa para o estanque, nele bebe o gado, lavam-se as couves, a roupa, a carinha dos meninhos logo da merenda...e finalmente
'queimar a fonte'...
(Ora, isto último vai ficar para os mistérios da Fonte...)
Concha Rousia
Concha, você nos enternece, pois, suas poesiass são magias pós-modernas, bruxaria celestiais.
ResponderExcluirAbraços com carinho, Jorge
Amigo Jorge, sou apenas aprendiz de feiticeira,rss, antes aprendi do amigo Adilson que me trouxe até ti, e eu agradeço... agora aprendo de ambos... sabes, tenho a sensação de que tu escreves os comentários assim como as borboletas voam, tao natural. Abraços a voar, Concha
ResponderExcluir