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domingo, 5 de agosto de 2012

Onde a alma...


Onde a alma... 

Como será que a alma sangra 
quando é espetada pela faca 
mesmo que a faca seja palavra?

Mesmo que a faca seja falada
como será que a alma sangra?

Será tinta a sair de nosso íntimo... 
Será em poemas que ela sangra? 

Cada letra uma gota de vida
vou-me desfazendo no poema

Como atalhar essa hemorragia?

Será que se pode fazer torniquete?
onde apertar para que isto pare
para que meu ser não se estinhe?

Onde será que está a ferida
E a alma... 
Onde será que a alma está?

Concha Rousia
Quintal d'Amaia 20 do 7 de 2012

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