A Rousia é essa montanha que herdei sozinha, e que está prenhada de mar, e por ele eu um dia viajarei para ir a ilha dos nossos, o povo que desapareceu da aldeia da Rousia. Ficam casas desfeitas, com paredes a amparar carvalhos que crescem na ausência do povo ido... Concha Rousia
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sábado, 5 de maio de 2012
Negar a `Negação'
Naquele mundo que sou capaz de ignorar
posso ainda fazer ninho para a esperança
posso inventar uma raiz da que me nutrir
Então: SILÊNCIO! que ninguém me fale,
não vêem que fechei as minhas janelas
Sim, podem chamar isso de negação
Tanto faz, eu não escuto, eu ainda não escuto
eu ainda acho que meu digno ignorar,
que vocês já chamam de minha NEGAÇÃO,
é meu passo necessário para a libertação
Só não devo perpetuar-me nele, eu sei, eu sei
tenham paciência, acaso eu pedi alguma cousa
Eu só quero ficar aqui mais um bocadinho...
é tão molinho, doce tal que uma anestésica
para a alma que foi lançada a esse abismo...
num voar sem asas sabendo que não há fundo
como voar tanto? como voar tanto, tanto...?
Almas deviam vir equipadas como astronautas
Mas não vem... a alma vem toda nua, então
eu vou negar um bocadinho, só mai um bocadinho
depois verei que não posso negar mais, e verei
aí então abrirei as janelas e deixarei que o sol
ilumine o meusdes-caminho, talvez então chore
Mas daqui a esse momento cabe tanta esperança...
Cabem tantos sonhos, tantos mundos, tantos desejos
Então deixem-me negar a negação mais um bocadinho
Só mais um bocadinho
Só mais um bocadinho
Concha Rousia
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