Hoje chorei por ti
meu rio de lágrimas
a percorrer minha face
como percorres tu a Terra
Xingu
rio que levas meu sangue
meu rio irmão
meu rio indígena
Despe-te de peles brancas!
que te afogam em vida
que nos asfixiam...
Xingu! meu rio indígena
Eu sei tu és gente
eu sei tu és o mar
eu sei tu és eu
sei que sofres, que padeces
não por ti
meu generoso caudal de vida
tu sofres por nós
e em nós...
os filhos e filhas
que te chamamos pai
e te chamamos mãe
porque tu, meu eterno rio
é quem nos dá a vida
Xingu, meu indígena...
Concha Rousia
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