O dia que perdi meu sorriso perguntei ao espelho se o vira, mas o espelho nem me respondeu, ele também estava triste, na cozinha tomando o café perguntei à saudade, que sentada me olhava desde a cadeira que fala sozinha, mas a mim não me falou, perguntei ao quintal, perguntei à roseira, perguntei à melra, que quase nem me reconheceu, desesperada procurei pela relva, meu sorriso encarnado devia notar-se sobre o verde do jardim... perguntei a noite, perguntei a noite... e a noite contou-me que ela tudo some mas nada retém, quis perguntar ao sono mas ele também não estava, muito demorou a madrugada, perguntei então ao sol que me ignorou, então perguntei ao galo... e o galo continuou a cantar... Fiquei preocupada, não pelo sorriso, pois estava sozinha e ninguém notaria que nevava em meu rosto, nem os rios que contrastam mornuras pele abaixo, mas da mão do sorriso fora-se tanta cousa, tanta, tanta cousa... que me estranha é que eu tenha ficado...
Concha Rousia
P.S.: Logo de muito procurar, cansada, sentei-me numa pedra do caminho, olhei para minhas mãos e lá estava ele olhando-me com seus olhinhos marotos... :)
Postarei novamente, pois ficou com alguns errinhos, mas agora vai direitinho. Bjs
ResponderExcluirConcha, querida de meu viver, trouxe esse poema de nossa amiga Lou Albergaria para conversar com o seu:
A menina me pede um poema.
Assustada,
sinto medo do escuro
Vejo minha vida
remoída
Em seus dedos miúdos
Suas mãos cresceram
Ficaram maiores que o tempo, mas
A pureza não cabe mais
Dentro delas
Lou Albergaria
Bjs mil! E tenha um lindo dia! Hosamis.
Que lindo o poema da nossa Lou linda, e tu que linda por mo deixares aqui, hoje necessito miminhos... como se fosse assim essa criancinha que nunca vai crescer, beijos em tua alma de poeta e amiga qurida.
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