Hoje acordei com vontade de ler, mesmo sendo eu mais de leituras coletivas, mas estava sozinha, com muitos livros, mas sozinha... e não li, pronto descobri que havia palavras que me queriam ler a mim, eram elas que precisavam de meus olhos, de minhas mãos que assim não podem folhear o livro, de minha atenção... Escrevi, nem sei sobre o quê, talvez nós e o mundo e a inevitabilidade, nem sei com certeza o que escrevi...
Lembrei o sonho desta noite que me faz lembrar quem eu fui, quem eu sou, e quem sempre serei... No sonho Nerea, que agora está com onze, era de novo uma meninha de dois anos e estava no meu colo, compreendi que me está a custar aceitar que amanhã parte em sua primeira excursão sem mim, vai à França... no sonho eu tinha ela no colo e o sonho tinha-me a mim no colo...
Depois decidi fazer o caldo, verde naturalmente, mas que para nós esse é 'o caldo', e o outro, sem couves, sim, esse chamamos de caldo branco... Sempre que me ponho a fazer o caldo eu retorno a todos os tempos que vivi e voo a todos os tempos que ainda não vivi...
Concha Rousia
Amaia 11 de junho de 2011
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