Olhou-se no espelho como se se não conhecesse, decidiu conversar com esse desconhecido que o desorienta sempre nas madrugadas... Tem tantas perguntas!! tantas que nem que as paredes do quarto fosses todas espelhos poderiam caber nelas as respostas, então para que perguntar?! Para que procurar o que nunca vai achar?! Decidiu então escutar aquela música que lhe põe a pele de galinha e a alma respira polos poros feitos vulcões, hoje descobriu que cada pequeno desequilíbrio emocional abre infinitos caminhos e possibilidades, o mau é que ele sempre olha para o lado mau de toda realidade, nunca consegue ver a cara boa das cousas... Foi daí que decidiu deixá-la, ela, essa sua amante querida, também era demasiado grande para os espelhos do seu quarto... Decidiu ir-se sem avisar, quere levá-la consigo, mas em silêncio...
Numa folha que não tinha imaginou uma despedida...
'Amo-te tanto tanto, mas tanto tanto
que não me quero apaixonar por ti
pois não quero que isto se me passe'
Depois imaginou que ela lia a mensagem e sorriu, e imaginou também que ela realmente existia e tinha um espelho que olhava para o dele...
Concha Rousia
Concha: umconto maravilhoso; a vida e a margens entre o amor sonhado e a solidão do real... A imaginação fascina; porém, pode ser canto de sereia... ou magia da luacheia.
ResponderExcluirAbraços com carinho, jorge
Jorge, gosto de tua 'take' do conto... e então fico aqui a pensar que necessito descobrir meu Ulisses e resistir a resistir o canto de sereia, a vida é um vencer aquilo que nos vence... Abraços com carinho, Concha
ResponderExcluirPrazer em conhecê-la através do teu blog de poesia, se aceitar-me como amiga, trilharemos juntas num caminho onde lumes e espelhos e poesias nos faz refletir,o amor, o pensamento mais humano que pudermos ser.
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