A madrugada traz-nos ecos da tua voz
a tua palavra viva percorre os caminhoslibertando o ar que continua irrespirável
Lorca
Lorca
a mão que te roubou de nós
mão de ferro de uma Espanha morta
bebeu teu sangue em comunhão
vampira de bestas sem belezaLorca
quero ser filha de tua pátria-República
e não mosca nesta teia-de-aranha
dum reino-Espanha que nos armadilha
que nos segue a consumir em vida...
Lorca
como eu sinto hoje a tua falta
da tua alma viva que se sementou
para renascer em nós na primavera
Lorca
meu camarada na palavra sagrada:
a palavra libertária que tu falaste
também em minha língua
que foi tua, foi tua verdade sentida
Lorca
também em minha língua
que foi tua, foi tua verdade sentida
Lorca
poeta sempre vivo, roubaram-nos a pátria
a tua, a minha, a pátria da palavra
regressa, traz de volta a primavera...
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