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segunda-feira, 30 de abril de 2012

Nas mãos do vento


(...em que viaja a voz...)

Uma borboleta azul
indistinguível do céu
e do mar que entravam
pela janela do quarto
voou para acordar-me...

Tocou minha pele
cada poro, cada não poro
mudou minha memória
viveu comigo uma vida e
partiu no mesmo azul do dia
levando prendida a minha alma
e deixando o abismal silêncio...

Concha Rousia

Beira mar, Fortaleza 23 de abril de 2012

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