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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Contos do espelho

Olhou-se no espelho como se se não conhecesse, decidiu conversar com esse desconhecido que o desorienta sempre nas madrugadas... Tem tantas perguntas!! tantas que nem que as paredes do quarto fosses todas espelhos poderiam caber nelas as respostas, então para que perguntar?! Para que procurar o que nunca vai achar?! Decidiu então escutar aquela música que lhe põe a pele de galinha e a alma respira polos poros feitos vulcões, hoje descobriu que cada pequeno desequilíbrio emocional abre infinitos caminhos e possibilidades, o mau é que ele sempre olha para o lado mau de toda realidade, nunca consegue ver a cara boa das cousas... Foi daí que decidiu deixá-la, ela, essa sua amante querida, também era demasiado grande para os espelhos do seu quarto... Decidiu ir-se sem avisar, quere levá-la consigo, mas em silêncio... 
Numa folha que não tinha imaginou uma despedida...

'Amo-te tanto tanto, mas tanto tanto 
que não me quero apaixonar por ti
pois não quero que isto se me passe' 

Depois imaginou que ela lia a mensagem e sorriu, e imaginou também que ela realmente existia e tinha um espelho que olhava para o dele...

Concha Rousia







3 comentários:

  1. Concha: umconto maravilhoso; a vida e a margens entre o amor sonhado e a solidão do real... A imaginação fascina; porém, pode ser canto de sereia... ou magia da luacheia.
    Abraços com carinho, jorge

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  2. Jorge, gosto de tua 'take' do conto... e então fico aqui a pensar que necessito descobrir meu Ulisses e resistir a resistir o canto de sereia, a vida é um vencer aquilo que nos vence... Abraços com carinho, Concha

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  3. Prazer em conhecê-la através do teu blog de poesia, se aceitar-me como amiga, trilharemos juntas num caminho onde lumes e espelhos e poesias nos faz refletir,o amor, o pensamento mais humano que pudermos ser.

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