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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Concha é nome de guerra...

Ganhei ontem este poema... e com ele ganhei um dia que achara meio perdido, e ganhei o saber de que os irmãos verdadeiros, mesmo sem nós falarmos, sabem quando necessitamos da sua palavra... 
Obrigada, Chrys!

 
533. concha é nome de guerra 13 dezembro 2011
 
para ti não há música nem dança
apenas as artes marciais
guerrilheira de montes e vales
urdidora de emboscadas
sob a copa das amplas árvores
brandes teu gládio de palavras suaves
não usas as falas do inimigo
vingas a dor de seres galega

a montanha que herdaste sozinha
prenhada de mar na ilha dos nossos
o povo desaparecido da Rousia aldeia
esse recanto insuspeito ao virar da raia
onde fui a férias em 2005 sem te saber
eu que nasci galego do sul
sendo galego de Cela-Nova
apartado de meus irmãos e irmãs
séculos de história ao desbarato
distavam mares que nunca navegámos
montes que nunca escalámos
estrelas que jamais enxergámos
até um dia em que surgiste
vestias azul e branco orlada a ouro
estandarte do nosso reino
ciciavas liberdades por atingir
sonhos por realizar
brandias a tua utopia
numa mesma lusofonia.
 
Chrys Chrystello
 

Fografada por Eduardo Bettencourt, Açores outubro de 2011

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