Um projeto de Monicacompoesia Poeta Vidráguas
Confessionário urbano Vidráguas - Catarse from @monicacompoesia on Vimeo.
A Rousia é essa montanha que herdei sozinha, e que está prenhada de mar, e por ele eu um dia viajarei para ir a ilha dos nossos, o povo que desapareceu da aldeia da Rousia. Ficam casas desfeitas, com paredes a amparar carvalhos que crescem na ausência do povo ido... Concha Rousia
Olhou-se no espelho como se se não conhecesse, decidiu conversar com esse desconhecido que o desorienta sempre nas madrugadas... Tem tantas perguntas!! tantas que nem que as paredes do quarto fosses todas espelhos poderiam caber nelas as respostas, então para que perguntar?! Para que procurar o que nunca vai achar?! Decidiu então escutar aquela música que lhe põe a pele de galinha e a alma respira polos poros feitos vulcões, hoje descobriu que cada pequeno desequilíbrio emocional abre infinitos caminhos e possibilidades, o mau é que ele sempre olha para o lado mau de toda realidade, nunca consegue ver a cara boa das cousas... Foi daí que decidiu deixá-la, ela, essa sua amante querida, também era demasiado grande para os espelhos do seu quarto... Decidiu ir-se sem avisar, quere levá-la consigo, mas em silêncio... 
Eu nasci quando ainda a humanidade andava ao ritmo da Natureza... Sei, sim, muito antigamente, há quanto! mas não no khrónos... pois tenho apenas quarenta e oito anos ou, para falar com propriedade, deveria dizer que ando nos quarenta e nove. Ando, sim, e é hora de reflexionar...