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quinta-feira, 8 de outubro de 2009

O Olhar do Tempo

                                                                       (imagem google)
   
O tempo foge de mim
olha-me de manhã
                          e foge
eu quero saudá-lo
Inclusive quero convidá-lo
e que fique um bocado comigo
                                  à conversa
mas ele desanuvia da minha frente
e acho que nunca lhe darei alcance

O tempo é o gume invisível
do ar morto nos ouvidos de ontem
que afasta de mim os meus tesouros

eu quero que ele se achegue
quero que se faça meu amigo
que me fale
que folgue comigo na cama
e se detenha de manhã
                                 a me olhar.

Concha Rousia
                                                                         (imagem google)

2 comentários:

  1. Lindo poema do tempo...eu mesmo sempre peço que ele se aproxime e que não seja tão apressado mas teima e se vai...

    Beijos do seu amigo brasileiro de sempre

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  2. Fabiano, meu amigo brasileiro de sempre e para a eternidade... Há muitas novidades que eu queria partilhar contigo mas vou enviar por correo-e, pois aqui nao da para isso. Um abraço da tua sempre amiga, sempre galega e também sempre brasileira :)

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