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domingo, 1 de janeiro de 2012

Geografia da saudade



Ainda os meus olhos procuram teu nome
ainda leio letras ao invés do que elas ditam
ainda atos falhos terei que cometer
só por curar da tua ausência, mesmo aceitada

ainda a música goteja notas com teu sorriso
teu sorriso maroto, e as estrelas...
ahhhh dessas melhor nem falo
elas estão na origem de tudo
quando a beleza de nós surgiu 

mas depois o mundo ardeu
o tempo ardeu
arderam os rios que nos levam
ardeu a memoria
ardeu a fé

Mas a fé tanto faz porque
a fé não me dá paz
hoje poucas cousas me dão paz
hoje eu não quero paz
ainda os meus dedos repassam
a tua imagem na memória
ainda há apenas ausência pura
onde em breve estará a saudade



5 comentários:

  1. Lindo!Um amor perturba a paz a calma só vem com a presença do outro.

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  2. como se o poema já não fosse belo e nos transportasse "para um lugar onde já não existimos mais, mas é ai que existimos" ainda assim nos deixa esta canção, uma das mais belas que conheço
    obrigado.
    beijos

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  3. Rosi querida, o coração devia se aconselhar mais com a cabeça, antes de esticar seus braços, mas ele é assim sempre menino... mas é por causa dele que a gente vibra sempre, envio um abraço de carinho para todo 2012!

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  4. Que lindo isso aí Sandrio, que bem falado isso... obrigada por entender, e sim, essa música é maravilha das maravilhas, obrigada pelo carinho, abraços

    Concha

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  5. Sim, a gangorra balança só no jardim onde se brincava o paraíso.

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