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terça-feira, 26 de junho de 2012

Grão de Deus

Foto: Grão de Deus

Uma perneira de milho nasceu no meu quintal
Onde ontem criei os lagartos hoje cresce ela
espontânea, filha do vento, e talvez da Melra

Em suas folhas verdes viaja já aquela imagem:
pipoca doce que me leva a sonhos de cinema

Poderia arrancar esse pé e ser deus no quintal
mas se não fui eu que a plantou...

Com que direito sego esse destino verde
Com que direito sego os projetos da Terra
e talvez do Vento e talvez da Melra...?

Impassível ficarei vendo o pé de milho crescer
contemplá-lo-ei subir a seu próprio céu...

Concha Rousia
Quintal d'Amaia 13 do 6 de 2012

Uma perneira de milho nasceu no meu quintal
Onde ontem criei os lagartos hoje cresce ela
espontânea, filha do vento, e talvez da Melra

Em suas folhas verdes viaja já aquela imagem:
pipoca doce que me leva a sonhos de cinema

Poderia arrancar esse pé e ser deus no quintal
mas se não fui eu que a plantou...

Com que direito sego esse destino verde
Com que direito sego os projetos da Terra
e talvez do Vento e talvez da Melra...?

Impassível ficarei vendo o pé de milho crescer
contemplá-lo-ei subir a seu próprio céu...

Concha Rousia
Quintal d'Amaia 13 do 6 de 2012

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