A Rousia é essa montanha que herdei sozinha, e que está prenhada de mar, e por ele eu um dia viajarei para ir a ilha dos nossos, o povo que desapareceu da aldeia da Rousia. Ficam casas desfeitas, com paredes a amparar carvalhos que crescem na ausência do povo ido... Concha Rousia
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terça-feira, 10 de abril de 2012
Lusco-fusco*
Entre o Sol e a Lua
o fugaz lusco-fusco
esperança de sonhos
promessa de auroras
Entramos na noite
corredor de estrelas
para voarmos livres
Saímos no novo dia
com cabelos de sol
a dourar as lágrimas
de orvalho no rosto
Tudo em perfeita
e eternal harmonia
Mas há vezes em
que a noite demora
em querer ser noite
vezes em que o dia
se apura a se despir
de seu manto branco
é nessas vezes que
o lusco-fusco se abisma
prende luzes-fantasma
invisíveis lâmpadas
imaginarias penetrantes
das ocultas vísceras
invasoras que impedem
ao coração dormir
Concha Rousia
*Um ato falho levou-me a escrever 'Luco-Fuco'
Luco s. m.
1. Bosque.
Fuco s. m.
1. Alga.
Talvez um bosque de algas para uma concha do mar que se sabe bruxa :)
(Foto do amanhacer no quintal da Amaia do dia de hoje 27/3/2012)
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Querida Concha, como esta poesia expressa minhas lutas... claridades e escuros; fuerzas y vulnerabilidad... a noite invade o dia e o dia teima em ocupar a noite... e nós, entre a noite e o dia, lutando... como seria a vida, se fosse a magia da poesia?... meu carinhoso e terno abraço, jorge
ResponderExcluirintrospectivo...abraços
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