O tempo passou devorando tudo à nossa volta
O vento soprou atrás arrastando os restos rotos
Nós acostumamo-nos e já nem notamos
Como mudara a cor de nossos encontros
De nossas bocas saem só palavras apagadas
Onde antes fomos lume agora somos água
As nossas falas carinhosas fugiram de nós
Condenadas a irem aportar noutros cais
A vida é esse vulcão que tudo sepulta
E nós somos apenas vítimas de sua fúria
O porquê os deuses nos abandonaram...
Sim, eu também me pergunto sempre isso
Mas como tu, meu bem, ignoro a resposta
Talvez a haja, talvez não, qual a diferença?
Concha Rousia
Vilamarxant 27 de agosto de 2011
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