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sábado, 17 de março de 2012

Rir


Hoje eu quero rir, rir de tudo, rir da seriedade, rir da tristeza, sobretudo eu quero rir hoje da tristeza, e de mim, de mim mais do que de nada neste mundo, quem mereceria mais? Rir de meus poemas, de meus vícios, de minhas debilidades, rir dos meus sonhos, de meus amigos, de meus inimigos, de meus pais e de meu país, de meus sentimentos, rir de ti meu bem, eu quero rir, rir do padre da igreja da infância, rir da fome e dos portais dos prados, rir das ilusões e das fantasias, rir da noite e rir do dia rir rir rir...
Até que meu riso seja pranto de desespero, chorar então, e depois parir tudo de novo, sem restos de cicatrizes mortas, fazer nascer meu mundo comigo à primavera...

Concha Rousia



4 comentários:

  1. Respostas
    1. Obrigada Sandrio, meu poeta querido de além-mar, abraço grande

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  2. É rindo para fora, mesmo que chorando por dentro, que devemos caminhar e procurar viver os dias com a alegria renovada, fazendo o que nos dá prazer. Escrever é libertar a alma e deixá-la livremente dizer de nós.

    beijinho, boa semana.
    cvb

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  3. Caríssima poeta e artista das montanhas e mares, Conha Rousia,

    Sua bela poética sobre o rir de todas as coisas da vida, bem como sobre lágrimas que lavam a alma, são como chaves de seu belo sentimento sobre a arte do seu coração, que junto às luzes de sua alma indicam que a pessoa humana deve se desapegar de suas antigas condições, momentos e instantes, pois a vida é arte e movimento constante que nos convida ao novo, à arte nova, às estéticas do coração, da nova arquitetura do pensamento, a cada novo amanhecer de sol, ou após a chuva fina que nos encanta, renova, oxigena, e nos faz leves como nuvens brancas... Ave Lux!

    Abraços azuis com ternura,
    Ana Felix Garjan

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