A Rousia é essa montanha que herdei sozinha, e que está prenhada de mar, e por ele eu um dia viajarei para ir a ilha dos nossos, o povo que desapareceu da aldeia da Rousia. Ficam casas desfeitas, com paredes a amparar carvalhos que crescem na ausência do povo ido... Concha Rousia
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domingo, 4 de março de 2012
Anjos do meu abecedário
Viajo em cada palavra que escrevo
ganhei intimidade com as letras
até fazer delas minhas confidentes
todas elas, as bonitas e as feias
as redondas, as retas e as douradas
Mesmo as que eu não escrevo
me contam, me dizem, me falam...
Parecem todas tão igualzinhas
e são tão diferentes, tanto tanto
que poderíamos dizer que
as mesmas letras noutro lugar
são mesmo as suas contrárias
Eu sei, porque elas mo falam
me confidenciam suas marcas
secretas cicatrizes de seu parto
Elas ser são como anjos puros
mas detrás de cada uma delas
há um deus que lhe escolheu
esse destino, bom ou mau...
Agora pergunto-me se os anjos
também serão assim como elas
tão semelhantes e tão diferentes
como as letras do meu abecedário
Concha Rousia
Incomparável Machin...
(Como Nós te entendemos
Onde estará o céu dos galegos...?)
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Amiga, voltei... das dores silenciosas teci com os passarinhos novos sonhos... na força da presença dos amigos distantes... porém, vivos na magia do luar que alumia meu quintal abs
ResponderExcluirMeu coração fica com um sorriso só porque voltaste, amigo Jorge, sabes eu enviei um abraço de força desde meu quintal quando via que os dias passavam e tu não aparecias... E agora posso enviar o abraço com as palavras com muito carinho e ternura.
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