Sou poeta, mulher e navegante
Minha nave é papel, tinta é o mar
Não sou escravo teu pra te aguardar
Sou mulher, teu igual e tua amante
Rompo tear, e mitos sem semblante
Deixo casa, deixo filhos e lar
Não dependo de ti, sós eu e o ar
Ergo velas ao céu, eu arrogante
Vogo, escrevo, mantenho meu tino
Escolho a quem seguir, sigo as estrelas
Marco meu rumo, creio meu destino
Já não quero tecer, nem fio fino
Eu amo o corpo nu, não teias belas
E amo Zeus, como amo Feminino
Concha Rousia
(Reedito minha 'Penélope' para celebrar as mulheres,
(Reedito minha 'Penélope' para celebrar as mulheres,
todas as mulheres, as navegantes, as poetas...
as que fartas de tecer e destecer vogam e escrevem... )
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