A Rousia é essa montanha que herdei sozinha, e que está prenhada de mar, e por ele eu um dia viajarei para ir a ilha dos nossos, o povo que desapareceu da aldeia da Rousia. Ficam casas desfeitas, com paredes a amparar carvalhos que crescem na ausência do povo ido... Concha Rousia
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segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Dança comigo
De olhos fechados e sentidos abertos
para tocar o infinito
nossos corpos colados um no outro...
vestidos polo ar que nos abraça
não permitindo nós nos separar,
contornando o 'uno' que formamos
com o ocaso dum dia qualquer...
E tu cantas...
mornas notas acariciam minha pele
que se sonha flor de eterna primavera
Tu cantas...
e eu deixo-me perder em teu sotaque
inundada de luz na penumbra da sala...
a lua aguarda para nos vir cobrir
com seus fios de prata até a madrugada...
A janela aberta a falar da brisa
húmida e quente...
de um mar salgado e bravo...
que se move dentro e fora
sussurrando o sonho eterno
de um tempo para nós dous
um tempo que voa nas assas
secretas de borboletas azuis
Tu cantas...
e a primavera desabrocha
as pétalas do meu corpo
que pressente o verão em ti
prestes a chegar...
Dançamos quietos...
visitando, sem nos mover de lugar,
cada recanto de nós, do nosso interior
hoje abarcável infinito...
Dançamos...
com a música do mar
a voar em liberdade por cima
de todas as realidades impossíveis
E tu cantas...
E tu cantas...
Concha Rousia
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Apaixonada estou pelos seus belos versos...
ResponderExcluirMinha amiga, que lindas palavras as tuas, grata e feliz por tu apareceres... vou lá te seguir tb, beijos com carinho
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