Tenho tantos assuntos que atender hoje que posso apenas dispensar um tempinho pequeno para dar-me o bom dia, depois desaparecerei de meu ser para me converter em todas essas tarefas que me reclamam... empontar a filha para a escola, arrumar o espaço que habito, atender na minha consulta, responder, ou apagar, 700 e-mails, cumprimentar o vizinho que ontem me deixou na porta da casa dúzia e meia de ovos e uma garrafa de aguardente... é bom continuar a viver com pessoas do mundo da troca... depois terei que ir às compras, mudar uma luz do carro, pagar a factura do telefone, fazer o almoço do meio-dia... e ainda na tarde depois da reunião, terei que ler um poema para comemorar este dia internacional pola eliminação da violência machista, depois irei cear com as amigas para celebrar que chega Natal e seguimos vivas...
Mas antes de tudo isso estou curtindo meu primeiro café da manhã e lembrando o sonho desta noite, nele estavas tu, era um lugar intermédio no espaço que nos separa, contigo havia mais duas pessoas, eu estava sozinha, nossos olhos se procuraram como pássaros desesperados por voarem juntos, eu abandonei primeiro a sala, ouvi tua voz a se despedir dos teus acompanhantes, saíste, o corredor, parcialmente iluminado, foi o abrigo no que nossas mãos se encontraram, era um tacto que até no sonho reconheci, era o nosso... tão único como as nossas impressões digitais, foi tão real que agora eu beijo a mão para beber o rasto do tacto que ainda sinto nela, como se o sonho continuasse comigo... Abraçamo-nos e passei a noite a dormir nesse teu abraço, talvez no silêncio do sussurro de um 'amo-te' proibido... Agora, já acordada, fecho os olhos e entro na lembrança do sonho, tenho já uma pequena colecção deles contigo, como aquele no que tu me ofereciste um carvalho para plantar... Hoje, ao longo dia vou fechar os olhos muitas vezes, e passar o dia a sonhar, sonhar com que à noite outro sonho contigo me visite, talvez tu me envies algum sinal que me permita abrir as portas desse meu desejo, como ontem fizeste...
Mas antes de tudo isso estou curtindo meu primeiro café da manhã e lembrando o sonho desta noite, nele estavas tu, era um lugar intermédio no espaço que nos separa, contigo havia mais duas pessoas, eu estava sozinha, nossos olhos se procuraram como pássaros desesperados por voarem juntos, eu abandonei primeiro a sala, ouvi tua voz a se despedir dos teus acompanhantes, saíste, o corredor, parcialmente iluminado, foi o abrigo no que nossas mãos se encontraram, era um tacto que até no sonho reconheci, era o nosso... tão único como as nossas impressões digitais, foi tão real que agora eu beijo a mão para beber o rasto do tacto que ainda sinto nela, como se o sonho continuasse comigo... Abraçamo-nos e passei a noite a dormir nesse teu abraço, talvez no silêncio do sussurro de um 'amo-te' proibido... Agora, já acordada, fecho os olhos e entro na lembrança do sonho, tenho já uma pequena colecção deles contigo, como aquele no que tu me ofereciste um carvalho para plantar... Hoje, ao longo dia vou fechar os olhos muitas vezes, e passar o dia a sonhar, sonhar com que à noite outro sonho contigo me visite, talvez tu me envies algum sinal que me permita abrir as portas desse meu desejo, como ontem fizeste...
Um sonho belo, um relato narrado com igual beleza. Gostei de passar por aqui (agora vou te seguir também aqui) e te ler sempre -- não me perderei mais dos teus escritos (rs) --Beijos, querida amiga poeta.
ResponderExcluirConcha, tuas reflexões refletem u'a vida de carinho pelo mundo... e de amor por si mesma sem autopiedade... lhe adoro. abs ternos, jorge
ResponderExcluirLucia, minha amiga querida, que nunca nos falte a a alegria de conhecermo-nos, gostarmo-nos e lermo-nos... rs Eu também adoro te ler a ti, minha camarada poeta, beijos...
ResponderExcluirJorge, meu amigo querido, quanto bem me fizeram essas tuas palavras... um espelho no que adoro me ver, grata ao universo que te faz existir, abraços com carinho, Concha
ResponderExcluirÉ mesmo Jorge, sem autopiedade, eis o fio.
ResponderExcluirConcha, seus sonhos são um sonho (conhece esse doce?).
E que gostoso saber de sua rotina diária! É assim, quando a gente ama a alma de alguém mesmo o mínimo que diga é fato para adentrarmos mais em sua essência e participar dela (é gostoso, a gente ri por dentro e se sente leve). 700 e-mails? És famosa e não sabes! rsrs E que bom vizinho tens! Bebamos esse aguardente a ele, festejemos todos os bons vizinhos! Aqui temos isso de chamar o vizinho por cima do muro e oferecer um prato de pão de queijo ou rosquinhas quentinhas ou qualquer coisa que se faça o se tenha, e depois o vizinho, tendo que entregar o prato nunca o entrega vazio..rsrs (e se por acaso entregar... ah... esse seria um mau vizinho e acabou-se as trocas! rsr).
Beijos,
Hosamis.
Hosamis... minha amiga, não conheço esse doce, não, eu conheço muito poucas cousas... estou a descobrir isso, ainda tenho um mundo por apreender... Que lindo isso que me contas do vizinho e o prato, cultivemos relações assim... Eu sou psicoterapeuta, e não sou freudiana mas hoje lia uma frase de Freud que adorei, dizia: 'O caráter de uma pessoa se forma com as pessoas que essa pessoa escolhe para viver' era mais ou menos isso... Como é bom ter bons vizinhos dentro e fora de nós :) beijos
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