A Rousia é essa montanha que herdei sozinha, e que está prenhada de mar, e por ele eu um dia viajarei para ir a ilha dos nossos, o povo que desapareceu da aldeia da Rousia. Ficam casas desfeitas, com paredes a amparar carvalhos que crescem na ausência do povo ido... Concha Rousia
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
domingo, 17 de outubro de 2010
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
OLHARES OUTONAIS...
As Nossas Palavras
...as palavras que levou o vento
de quem são agora...?
são minhas? que as falei...
são tuas? porque te procuram...
ou são do vento?
e o vento, de quem é?
...não será que ele é das palavras?
Concha Rousia
quinta-feira, 14 de outubro de 2010
segunda-feira, 11 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
sexta-feira, 30 de julho de 2010
quinta-feira, 22 de julho de 2010
quinta-feira, 8 de julho de 2010
sexta-feira, 18 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
quinta-feira, 10 de junho de 2010
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Universos e Sonhos
Ontem sonhei com o Universo, sonhei que havia muitos Universos, Universos paralelos... Existindo simultâneamente... Havia tantos Universos como seres humanos neste planeta no que nós vivemos... Logo descobri que todas as pessoas deste Universo estamos todas nesses outros Universos também, e o que me deixou completamente fascinada foi descobrir (sem esquecer que era um sonho) que em cada um desses Universos nós éramos uma pessoa diferente... Conseguindo assim todos nós ser todos e cada um dos seres humanos...
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Cores no interior
Abri a janela
ao amanhecer
e o coração
ao amor
depois choveu
e nasceu-me dentro
o arco-íris
Concha Rousia
quarta-feira, 17 de março de 2010
Escrever
(Imagem google)
(dedicada a ti, poeta, que escreves)
Escrever...
é pensar com os dedos
e pôr-se ao ritmo da terra
transferir à mão a visão da mente
é desdobrar-se no papel
deitar-se em palavras
escrever é sonhar-se
contemplar-se
reinventar-se
explorar-se
amar-se
escrever é falar com deus
é criar um universo inteiro
em duas dimensões
escrever é roubar à morte
é recriar o passado
inventando o futuro
escrever é falar
com um ser como um mesmo
que não existe
é sentir-se fora de onde um fica
e fugir de si para ir ao próprio encontro
escrever...
eu não sei o que é escrever...
sei é identificar a urgência em meus dedos.
Concha Rousia
(dedicada a ti, poeta, que escreves)
Escrever...
é pensar com os dedos
e pôr-se ao ritmo da terra
transferir à mão a visão da mente
é desdobrar-se no papel
deitar-se em palavras
escrever é sonhar-se
contemplar-se
reinventar-se
explorar-se
amar-se
escrever é falar com deus
é criar um universo inteiro
em duas dimensões
escrever é roubar à morte
é recriar o passado
inventando o futuro
escrever é falar
com um ser como um mesmo
que não existe
é sentir-se fora de onde um fica
e fugir de si para ir ao próprio encontro
escrever...
eu não sei o que é escrever...
sei é identificar a urgência em meus dedos.
Concha Rousia
quinta-feira, 4 de março de 2010
Te amo
Te amo
Por cima do mundo
da luz das estrelas
e da vontade dos deuses
Te amo
porque assim mo manda
o Amor.
Concha Rousia
Porque... Há um mundo no que só estamos tu e eu... e todo o tempo é nosso...
segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010
No pais que me habita
(Torre de Hércules, Galiza)
Eu já vi partir o mundo
nos olhos
de todos os que se foram
deste país
que a mim me habita
onde os velhos e sábios
morreram
Passeio por ele
sem sair de mim
e vejo que apenas fica
gente jovem
a herdar a nossa conversa
antiga
mas sem nada para dizer...
movem os beiços
usam as palavras
as nossas
e as alheias
todas a
encher de vazio o silêncio
roubando-nos a calma na hora
da agonia
usam o verbo como usariam
um instrumento
daquele oficio que desconhecem
e tudo acontece aqui dentro
no país que me habita...
Concha Rousia
quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010
Palavras par um nu masculino
(Charles, 'estudo em pastel seco para quadro' Helena Badia)
Palavras para um quadro da pintora brasileira Helena Badia
Já antes me vi só
habitando este corpo,
agora somos dous
veio comigo a saudade
com seu saber
da existência
de uma porta
Mas não abras
meus olhos
ficaram afeitos
á luz da tua presença
Habitarei a cova
do meu crânio
vazando fora
todo pensamento
deixarei dormir as carnes
o sono da tua ausência
De aqui sei que posso
ir
a outro lado de mim
mesmo ao fundo
donde talvez ouse
sentir tua partida
será depois
talvez
que pedirei abrir a porta.
Concha Rousia
terça-feira, 9 de fevereiro de 2010
Cem Vaga-lumes 67
(Imagem google)
A margarida
retém a cor do sol,
a noite passa
Concha Rousia
(A noite passa... mesmo a 'Longa Noite de Pedra' de que falava o nosso poeta... a noite que vive a Galiza... algum dia, enquanto houver margaridas a reter a cor do sol... esta noite passará...)
A margarida
retém a cor do sol,
a noite passa
Concha Rousia
(A noite passa... mesmo a 'Longa Noite de Pedra' de que falava o nosso poeta... a noite que vive a Galiza... algum dia, enquanto houver margaridas a reter a cor do sol... esta noite passará...)
quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
terça-feira, 5 de janeiro de 2010
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
Nuvens
('Voando sobre o Atlântico' Foto minha)
Ontem subi ao céu
queria meditar
ou ter uma conversa
com um Deus possível
Mas achei apenas nuvens
brancas e luminosas nuvens
que me fizeram esquecer o motivo da minha viagem
Deixe-me levar pola pureza de seda
das brancas catedrais
Reparei do perto que ficam umas das outras
foi-me fácil imaginar anjos
lá a aguardar por nós
enquanto dão seus moles e eternos passeios
Deixei que a brancura tocara meus olhos
até humedecê-los
até fazê-los chover
os desejos do céu...
Foi assim que senti que tu me faltavas
e soube que o céu
o meu céu
sem ti não é concebível.
Ontem subi ao céu
queria meditar
ou ter uma conversa
com um Deus possível
Mas achei apenas nuvens
brancas e luminosas nuvens
que me fizeram esquecer o motivo da minha viagem
Deixe-me levar pola pureza de seda
das brancas catedrais
Reparei do perto que ficam umas das outras
foi-me fácil imaginar anjos
lá a aguardar por nós
enquanto dão seus moles e eternos passeios
Deixei que a brancura tocara meus olhos
até humedecê-los
até fazê-los chover
os desejos do céu...
Foi assim que senti que tu me faltavas
e soube que o céu
o meu céu
sem ti não é concebível.
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