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segunda-feira, 25 de outubro de 2010

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

OLHARES OUTONAIS...


As Nossas Palavras

...as palavras que levou o vento
de quem são agora...?


são minhas? que as falei...


são tuas? porque te procuram...


ou são do vento?
e o vento, de quem é?
...não será que ele é das palavras?


Concha Rousia

Miguel Torga - "Adeus"

quinta-feira, 14 de outubro de 2010

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Intempérie

                            (imagem google)

...A tristeza arrancou-me o telhado da alma...

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

quinta-feira, 8 de julho de 2010

...Os Lagartos do nosso quintal...


Mãe Lagarta:

                                                                
                               Pai Lagarto:


e
os
seus
ovinhos...


...nas minhas mãos
Continuará...


quinta-feira, 10 de junho de 2010

Sobre as Deidades


Eu não posso saber
se as Deidades existem...
mas eu posso sentir
como elas me amam.

Concha Rousia



quarta-feira, 9 de junho de 2010

Universos e Sonhos


Ontem sonhei com o Universo, sonhei que havia muitos Universos, Universos paralelos... Existindo simultâneamente... Havia tantos Universos como seres humanos neste planeta no que nós vivemos... Logo descobri que todas as pessoas deste Universo estamos todas nesses outros Universos também, e o que me deixou completamente fascinada foi descobrir (sem esquecer que era um sonho) que em cada um desses Universos nós éramos uma pessoa diferente... Conseguindo assim todos nós ser todos e cada um dos seres humanos...

quinta-feira, 6 de maio de 2010

Cores no interior



Abri a janela
        ao amanhecer
e o coração
                ao amor
depois choveu
                e nasceu-me dentro
                                    o arco-íris

Concha Rousia

quarta-feira, 17 de março de 2010

Escrever

                                 (Imagem google)


              (dedicada a ti, poeta, que escreves)
Escrever...
é pensar com os dedos
e pôr-se ao ritmo da terra
transferir à mão a visão da mente
é desdobrar-se no papel
deitar-se em palavras
escrever é sonhar-se
                contemplar-se
                reinventar-se
                explorar-se
                amar-se

escrever é falar com deus
             é criar um universo inteiro
                       em duas dimensões

escrever é roubar à morte
             é recriar o passado
                          inventando o futuro
escrever é falar
                com um ser como um mesmo
                                       que não existe
é sentir-se fora de onde um fica
e fugir de si para ir ao próprio encontro
escrever...
            eu não sei o que é escrever...
sei é identificar a urgência em meus dedos.
 
Concha Rousia

quinta-feira, 4 de março de 2010

Te amo


Te amo 
Por cima do mundo
da luz das estrelas
e da vontade dos deuses
Te amo
porque assim mo manda 
                          o Amor. 

Concha Rousia


Porque... Há um mundo no que só estamos tu e eu... e todo o tempo é nosso... 

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

No pais que me habita


            (Torre de Hércules, Galiza)

Eu já vi partir o mundo
                               nos olhos
de todos os que se foram
deste país
              que a mim me habita
              onde os velhos e sábios
                                  morreram

Passeio por ele
                    sem sair de mim
e vejo que apenas fica
                               gente jovem
a herdar a nossa conversa
                                     antiga
mas sem nada para dizer...

movem os beiços
                  usam as palavras
as nossas
              e as alheias
                               todas a
encher de vazio o silêncio
roubando-nos a calma na hora
                                 da agonia
usam o verbo como usariam
                             um instrumento
daquele oficio que desconhecem
e tudo acontece aqui dentro
                       no país que me habita...



Concha Rousia

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Palavras par um nu masculino

 
(Charles, 'estudo em pastel seco para quadro' Helena Badia)


Palavras para um quadro da pintora brasileira Helena Badia



Já antes me vi só
                  habitando este corpo,
agora somos dous
                    veio comigo a saudade
com seu saber
             da existência
                               de uma porta

Mas não abras
meus olhos
               ficaram afeitos
                     á luz da tua presença


Habitarei a cova
                       do meu crânio
vazando fora
                   todo pensamento
deixarei dormir as carnes
o sono da tua ausência

De aqui sei que posso
                                 ir
a outro lado de mim
mesmo ao fundo
donde talvez ouse
sentir tua partida
será depois
                 talvez
que pedirei abrir a porta.

Concha Rousia

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Cem Vaga-lumes 67

                                        (Imagem google)

A margarida
retém a cor do sol,
a noite passa


Concha Rousia

(A noite passa... mesmo a 'Longa Noite de Pedra' de que falava o nosso poeta... a noite que vive a Galiza... algum dia, enquanto houver margaridas a reter a cor do sol... esta noite passará...)

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

Cem Vaga-lumes: 67

 
Sol-pôr na tarde
descobre em Compostela
pedras douradas

Concha Rousia

quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Cem Vaga-Lumes


                                      (Imagem google)

Passeia a nuvem
seu reflexo no rio
que ela já fora


Concha Rousia

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

Pensamentos quânticos V



Sempre temi a pobreza
            e agora que sou pobre
Não temo nada



Concha Rousia

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Nuvens


                      ('Voando sobre o Atlântico' Foto minha)
Ontem subi ao céu
                          queria meditar
                          ou ter uma conversa
                          com um Deus possível

Mas achei apenas nuvens
                           brancas e luminosas nuvens
que me fizeram esquecer o motivo da minha viagem

Deixe-me levar pola pureza de seda
                             das brancas catedrais

Reparei do perto que ficam umas das outras
foi-me fácil imaginar anjos
                                  lá a aguardar por nós
enquanto dão seus moles e eternos passeios

Deixei que a brancura tocara meus olhos
                                          até humedecê-los
até fazê-los chover
                           os desejos do céu...

Foi assim que senti que tu me faltavas
e soube que o céu
                          o meu céu
                                   sem ti não é concebível.